Neste sábado, 24 de junho, é comemorado o Dia do Policial e do Bombeiro Militar. As duas funções são desempenhadas por militares com muita seriedade e comprometimento, porém o foco de atuação de cada uma delas é diferente. Enquanto um policial militar é responsável pelo policiamento preventivo e ostensivo para garantir a preservação da ordem púbica, o profissional do Corpo de Bombeiros age na prevenção e preservação da vida e do meio-ambiente.
Durante a carreira militar, há profissionais que acabam passando pelas duas áreas e a data de hoje acaba sendo duplamente especial. É o caso do cabo Samuel Rios, de 31 anos, que atualmente faz parte do 2º Grupamento de Bombeiros.
Desde criança, ele conta que sempre teve vontade de ser bombeiro militar, mas não tinha vaga na área quando prestou concurso público. Enquanto isso, ingressou em 2013 como PM do 16º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M). Ele ficou três anos na corporação e dentre as experiências vividas, relembra uma ocorrência não casual que ficou marcada na memória:
“Em 2016, avistamos uma gestante caída no solo se queixando de fortes dores abdominais. De imediato, a socorremos e durante o deslocamento a mulher entrou em trabalho de parto. Devido o congestionamento, decidimos estacionar no pátio da companhia para realizar o parto. Muito gratificante saber que nosso atendimento foi fundamental para a preservação da vida da mãe e da criança”.
Corpo de Bombeiros
Além do trabalho ostensivo, de ir para as ruas, policiais são treinados para ocorrências de primeiros socorros, trabalho frequentemente realizado pelo Corpo de Bombeiros, que passou ser a casa de Samuel ao final de 2016.
Um bombeiro militar é responsável pela coordenação e execução de ações de defesa civil como prevenção e combate a incêndios e buscas e salvamentos em casos de acidentes de trânsito, afogamentos e desabamentos.
Em menos de um ano na corporação, um socorro prestado na Marginal Tietê à uma vítima de acidente que estava em parada cardiorrespiratória será sempre lembrado por Samuel. Após 40 minutos fazendo manobras de reanimação, o quadro foi revertido e a vítima foi entregue com vida ao hospital, onde passou alguns meses até ficar recuperada.
“Depois disso ela foi até o quartel do bombeiro. Foi grande a emoção em ver uma pessoa que estava sem sinais cardíacos, em um quadro de saúde que a chance de morrer era muito grande, ir ao quartel reconhecer nosso trabalho e dedicação”, relembra o PM Samuel.
Após a vivência nas duas áreas, o cabo comenta que as dificuldades de cada profissão também são diferentes. “No policiamento a maior dificuldade é lidar com as pessoas e com os atritos gerados nas fiscalizações. Já um bombeiro tem que ter um bom psicológico já que algumas ocorrências, infelizmente, acabam em óbito”.
Há 10 anos trabalhando como militar, seja como policial ou bombeiro, o sentimento que carrega por trás da farda é o mesmo, o de dever cumprido. “A sensação é de alegria e satisfação por todo esse tempo conseguir prestar um bom serviço à sociedade”, diz