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AGENDA DO DIA | Nesta sexta (28) é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+ | RÁDIO MAIS FM SP
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Publicado em 28/06/2024

A sigla LGBTQIAPN+ representa diferentes identidades de gênero e orientações sexuais. Por ser mais abrangente, ela acolhe uma quantidade maior de pessoas. Também substitui as siglas GLS e LGB, que surgiram em meados dos anos 80.

 

Reprodução|

Nesta sexta (28) é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+. A escolha da data se deve ao ocorrido nesse mesmo dia, em 1969, quando mulheres trans, gays, lésbicas e outros membros da comunidade se revoltaram com a violência policial, em um bar de Nova York, no episódio que ficou conhecido como a rebelião de Stonewall Inn.

 

Veja qual o significado de cada letra da sigla LGBTQIAPN+ ️‍

 

 

  • L-Lésbica: Mulheres atraídas afetivamente e sexualmente por mulheres

 

Ana Luísa Oliveira, mulher lésbica e arquiteta, mora em Águas Claras, no Distrito Federal — Foto: Foto: Arquivo Pessoal

Ana Luísa Oliveira, mulher lésbica e arquiteta, mora em Águas Claras, no Distrito Federal — Foto: Foto: Arquivo Pessoal

Ana Luísa Oliveira mora em Águas Claras, no Distrito Federal, e se descobriu há pouco tempo como uma mulher lésbica. A arquiteta conta que cresceu em um ambiente religioso e conservador, então, demorou para entender o que acontecia com ela.

 

'"Eu lido com o preconceito dentro da minha família. Eu sei que eles estão aprendendo, mas eu já lido com o preconceito desde ali dentro e acho que isso vem me blindando para lidar com o preconceito do mundo do lado de fora [de casa], diz Ana Luísa Oliveira

 

Ana, que se entendia como bissexual, precisou da ajuda da ex-namorada – hoje uma das melhores amigas – para se entender como lésbica. Ana diz que por muito tempo teve vergonha de se orgulhar, e que fazia as coisas pautadas no que terceiros iriam pensar.

Atualmente ela diz que se sente "livre de amarras para ser ela mesma" e lidar com o preconceito diário.

 

"Eu estou lutando para ser quem eu sou e ninguém vai tirar isso de mim", conta a arquiteta de Brasília.

 

 

  • G-Gay: Homens atraídos afetivamente e sexualmente por homens

 

Caio Benevenuto Romão, homem gay e professor no Distrito Federal — Foto: Foto: Deva Garcia, Equipe de imprensa do Sinpro-DF

Caio Benevenuto Romão, homem gay e professor no Distrito Federal — Foto: Foto: Deva Garcia, Equipe de imprensa do Sinpro-DF

 

Caio Benevenuto Romão é um homem gay e professor da rede pública do Distrito Federal. Ele conta que se descobriu como homossexual na adolescência quando percebeu que não tinha os mesmos interesses e atrações que os amigos.

Caio diz que sempre teve medo de se assumir por vir de uma família cristã. No ensino médio, quando se mudou de cidade, conta que se livrou dos dogmas religiosos e conheceu outros homens gays, já que estava vivendo em um ambiente "mais diverso".

Com o tempo, Caio diz que criou coragem "para se assumir" para a família que, mesmo diante das crenças religiosas, o apoiou.

 

"No começo eles tinham medo do preconceito que eu poderia sofrer. Mas, com o passar dos anos, o medo se tornou ação e eles passaram a lutar ao meu lado contra o ódio e o preconceito", diz o professor.

 

Em sala de aula, Caio trabalha por um ambiente mais acolhedor e inclusivo para que "os alunos sejam eles mesmos". O servidor público também faz parte do Coletivo LGBTQIA+ do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) que trabalha pelos direitos da comunidade.

 

"Amamos, trabalhamos, estudamos, e só queremos ter o direito à vida, assim como todos ", diz Caio ao falar sobre a luta pelo orgulho e contra o preconceito.

 

 

  • B-Bissexual: Pessoas atraídas afetivamente e sexualmente por pessoas de qualquer gênero

 

Fernanda Branco, mulher bissexual e estudante de psicologia no Distrito Federal — Foto: Foto: Arquivo Pessoal

Fernanda Branco, mulher bissexual e estudante de psicologia no Distrito Federal — Foto: Foto: Arquivo Pessoal

Segundo pesquisa do IBGE, o Distrito Federal tem proporcionalmente a maior população do país que se declara bissexual. De acordo com o instituto, 1,8% da população se entende como homo ou bissexual, ficando acima da média nacional.

Fernanda Branco, é uma mulher bissexual. Ela conta que quando tinha 10 anos começou a se sentir atraída por ambos gêneros, porém se sentia confusa, já que não tinha conhecimento sobre a bissexualidade.

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