Como já podemos perceber, mesmo diante de tantas tecnologias, o rádio está mais vivo do que nunca no coração dos brasileiros, e isso se deve à criatividade e qualidade dos grandes profissionais do rádio que surgiram ao longo da sua história.
Hoje, em homenagem ao dia do radialista, vamos relembrar alguns dos grandes nomes do rádio brasileiro. Confira!
Afanasio Jazadji
Jornalista, radialista, advogado, publicitário e político brasileiro, nasceu em São Paulo, em 1950.
Em 1980 criou o Disque-Denúncia através do programa “Patrulha da Cidade” transmitido pela Rádio Globo São Paulo, para ajudar a polícia na localização de criminosos e no esclarecimento de crimes de autoria desconhecida, com isso, em apenas um mês ajudou a esclarecer 19 assassinatos só na cidade de São Paulo.
Em 1985, dentro do quadro “Gente Procurando Gente”, transmitido pela Rádio Capital de São Paulo, conquistou o recorde mundial na localização de pessoas desaparecidas ao reaproximar duas primas que se reencontraram após 75 anos.
Anafasio Jazadji também alcançou o recorde nacional de audiência em rádio, com mais de 1 milhão e 41 mil ouvintes por minuto.
Eli Corrêa
É um dos nossos maiores locutores e comunicadores e está no Rádio desde 1969. Nasceu no Paraná e teve sua primeira experiência como locutor quando trabalhava nas Casas Pernambucanas e pediu para falar um pouco no lugar do locutor, passando a ser o locutor oficial da loja.
Muito conhecido como “O homem sorriso do rádio” e, principalmente pelo bordão “Oiiiii Gente!”, no início de 1970, mudou-se para São Paulo e trabalhou nas rádios São Paulo, Tupi, Record, Globo, América e Capital.
Gil Gomes
Nasceu em São Paulo (SP), em 1940. Atuou como repórter policial do rádio e da TV.
Ele era gago e para conviver com isso imitava os locutores esportivos que ouvia na rádio. Então foi convidado a ser locutor na quermesse da igreja e foi aí que descobriu sua vocação na área da comunicação, então deixou a ideia de ser médico, como desejava seu pai.
Em uma dessas quermesses recebeu o convite para trabalhar na Rádio Progresso, como locutor esportivo, depois disso passou por diversas rádios da capital até chegar na Rádio Marconi.
Passou a ser repórter policial em 1968, quando um caso de agressão sexual aconteceu no prédio onde a rádio que ele trabalhava estava instalada e Gil Gomes foi fazer a cobertura do ocorrido ao vivo e com isso a Rádio Marconi teve uma grande audiência.
Gil Gomes faleceu em 16 de Outubro de 2018, deixando seu nome registrado na história da rádio brasileira.
Heron de Lima Domingues
Conhecido como o grande “Repórter Esso”, Heron de Lima Domingues nasceu na cidade de São Gabriel, no dia 4 de junho de 1924.
Tentou a carreira de cantor quando tinha 16 anos. Na ausência do locutor da rádio, Domingues teve a oportunidade de dar uma notícia em primeira mão. Por este motivo não participou do concurso, porém saiu de lá empregado.
No início da década de 40 começou a trabalhar na Rádio Nacional, como “Repórter Esso” e revolucionou a forma de fazer radiojornalismo.
O “Repórter Esso” trazia informações com estilo curto e direto, conquistando grande credibilidade. Em seus 27 anos de transmissão no rádio, ele noticiou grandes acontecimentos, como o fim da segunda guerra mundial, o suicídio de Getúlio Vargas em 1954, a explosão da bomba de hidrogênio e a vitória de Fidel Castro na Revolução Cubana.
Heron morreu no Rio de Janeiro no dia 10 de agosto de 1974.
José Bettio
Foi um grande e histórico radialista brasileiro.
Nasceu em janeiro de 1926 e começou a carreira como radialista com um programa de meia hora na Rádio Difusora de Guarulhos, aos sábados. Também trabalhou na Rádio Cometa, Rádio São Paulo, passou pela Rádio Record nos anos 70, Rádio Capital nos anos 80 e Rádio Gazeta. Depois retornou à rádio Record onde comandou um programa matinal até o final de 2009.
Foi criador dos bordões: “Vamo levantar!”, “Gordo!, oh, gordo!” e “Joga água nele!”.
José Bettio morreu na madrugada de 27 de agosto de 2018, aos 92 anos em São Paulo.
Milton Neves
Nasceu em agosto de 1951. Começou a trabalhar como radialista na Rádio Continental de Muzambinho (MG), sua cidade natal.
Trabalhou na Rádio Colombo, em Curitiba (PR), na Jovem Pan de São Paulo (SP) e na Rádio Oscar Monchito, de Goiânica (GO).
Teve grande sucesso a frente do programa Terceiro Tempo e do Plantão de Domingo.
Além de comunicador, também se tornou um empresário de sucesso. E hoje se dedica grande parte do seu tempo para catalogar jogadores, cronistas e antigas pessoas ligadas ao futebol brasileiro, que já morreram ou se aposentaram e dispõe as informações e principalmente imagens históricas coletadas, na sua página oficial na internet.
Narciso Vernizzi
Nasceu em São Paulo em 21 de Outubro de 1918. Jornalista esportivo e radialista, trabalhou por mais de 50 anos na Rádio Jovem Pan de São Paulo.
Foi o responsável por criar o primeiro plantão esportivo permanente do rádio brasileiro. No entanto ficou conhecido como o “Homem do Tempo”, sendo o primeiro radialista a emitir boletins meteorológicos e tido como o melhor tradutor da linguagem meteorológica no rádio.
Narciso Vernizzi morreu no dia 11 de julho de 2005, aos 86 anos de idade, em São Roque.
Salomão Ésper
Nasceu na cidade de Santa Rita do Passa Quatro, em 26 de outubro de 1929. Jornalista e radialista, formado em Direito pela Faculdade de Direito da USP, é um dos nomes mais representativos do radiojornalismo no Brasil.
Começou como locutor, em 1948, na Rádio Cruzeiro do Sul. Passou para a Radio América e depois para o Grupo Bandeirantes.
O português corretíssimo, voz grave, e tom sempre firme são características de Salomão Ésper.
Em 1978, recebeu a incumbência de comandar o “Jornal Gente”, das rádios Bandeirantes AM/FM, que sucedeu a “O Trabuco”, programa jornalístico comandado por Vicente Leporace (1912-1978) de grande audiência na época.